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Arquitetos: RESERVOIR A
- Área: 3 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:Marie-Noëlle Dailly
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Fabricantes: Aliplast, Eternit, Etex, Etex Colombia, Geberit, Joris Ide, Knauf, Kone, Recticel, Tormax
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto teve como objetivo a transformação do castelo de Winson em uma prefeitura, um centro cultural e escritórios do CPAS (um centro social). Os serviços comunitários, o CPAS e o Centro Cultural estavam divididos entre diferentes edifícios em Fosses-la-Ville. A administração comunitária, no entanto, teve recentemente a oportunidade de comprar o Castelo Winson - uma notável mansão do século XVII - e, consequentemente, decidiu abrir um concurso, em 2012, com a intenção de unificar as três instituições.
A principal função de um castelo é a defesa contra ameaças externas, enquanto a de um edifício público é ser aberto aos cidadãos. A transformação de um castelo em um centro comunitário consistiu em abrir os muros circundantes e conectar sua área externa ao espaço público. Do ponto de vista simbólico, era uma questão de retornar à comunidade o que anteriormente pertencia a uma pessoa ou uma única família. A inserção de um caminho transversal de pedestres no local modifica totalmente a lógica de funcionamento: a entrada agora se volta para a cidade e a descoberta do local leva indiretamente ao parque.
O eixo recém-implementado assume a forma, às vezes de um pátio, às vezes de um fluxo interno e um volume flutuante ao mesmo tempo. A princípio quase imperceptível ao entrar no local, essa massa revestida de madeira se eleva sobre delgadas colunas de aço em direção ao lago. A permeabilidade da paisagem entre a antiga entrada cerimonial e o parque é maximizada por esse volume aéreo.
A entrada foi posicionada na porção da muralha mais próxima da cidade: um avanço pontual que respeita a compreensão este elemento tão forte.O acesso é indicado por uma abertura revestida de aço Corten, interrompendo a parede branca, constituída pelas empenas do antigo volume.
Do ponto de vista energético, os ganhos solares são balanceados pela proteção solar de madeira que cobre todo o volume apoiado nas estacas. Este é um trabalho original feito com o artista Patrick Everaert. Uma malha de madeira, cuja estrutura evolui de acordo com a necessária exposição solar dos espaços internos, se desdobra em frente às janelas. Mais do que apenas modificar a entrada de luz solar, ela anima e clareia ainda mais o volume, desmaterializando-o.